sábado, 22 de janeiro de 2011

Consumidores... E Cidadãos?

Por que somos tão mal atendidos em Juiz de Fora? Onde quer que se vá, a regra geral é cara fechada, má vontade, despreparo, informações incompletas. Ou também encontramos um excesso de simpatia camuflando a falta de treinamento e profissionalismo do "minha querida", "meu amor", "meu bem" – expressões de uso privado, totalmente deslocadas na esfera pública.

O juizforano atende mas não serve. Atende como quem faz um favor. Como quem está sendo interrompido de outras funções mais importantes – organizar prateleiras, conferir as contas do dia ou até limpar a loja (ah, esses clientes que insistem em sujar o chão!). O juizforano ainda não aprendeu a trabalhar nos bastidores. E o pior, ainda não aprendeu a trabalhar com gente.

Eu digo tudo isto depois de ser destratada, ou bajulada, ininterruptamente em quase todas as compras que tentei fazer no último fim-de-ano. Ou me tratam como um traste, ou como uma abobada.

Fui dia desses tomar um iogurte congelado na nossa mais célebre ilha do consumo. A atendente com cara de pitbull me pergunta se quero algum topping. Marinheira de primeira viagem, pergunto do que se trata. Ela me mostra um balcão frio com todo o tipo de besteiras calóricas, confeitos, chocolates, coisas açucaradas. Digo que não, obrigada; quero um iogurte com frutas vermelhas. A "mocinha" traz um pode de sobremesa cor de rosa. Pergunto pelas frutas vermelhas. Ela responde que o iogurte é de frutas vermelhas. Digo que quero o iogurte COM frutas vermelhas. Mas você não quis os toppings. Que raios são toppings, penso mas na prática omito os raios. Ela aponta outro balcão com "coisinhas de pôr em cima" (por que não traduzem? Estou no Brasil?). Ah, tá. Mas você só mostrou o balcão de porcarias de chocolate, não mostrou o de frutinhas fresquinhas. E com cara de caso vai, de má vontade, colocar as tais frutas vermelhas em cima do iogurte, enquanto eu, igualmente vermelha de raiva, refreio o impulso furioso de jogar na parede branca o creme rosa.

Isso é só aqui? Em Juiz de Fora a coisa é pior, ou é impressão minha?

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